quinta-feira, 21 de junho de 2007

Porquê eu? (Mas não só eu)

É uma pergunta que de algum tempo para cá tenho feito a mim mesmo. Alguém me explicou tal, como sendo inveja. Fiquei parvo!
Inveja de quê? De mim? Da minha vida? Do que conquistei?

Ok! Vamos começar por mim:

- Nasci a 23 de Junho de 1977, olhos azuis, filho único. Apesar disso nunca tive tudo o que desejei, felizmente foi-me incutido o sentido da conquista.
- Estudei, como qualquer um de nós. Acabei o décimo segundo ano, só não consegui ingressar no ensino superior. Pelo caminho, como gostei bastante do décimo ano, os professores deixaram-me repetir uma vez. Até porque estava em curso uma nova reforma do ensino e eu gosto de experimentar as novidades.

Sobre a minha vida:

- Consequência do meu não ingresso no Ensino Superior, acabei por tirar um curso no CESAE. Com isso fui estagiar para um Centro de Formação de Professores, sendo que mais tarde, acabei por concorrer para os Serviços Administrativos da Escola. Recentemente, mudei de Escola, principalmente porque não me sentia bem onde estava.
- Namorei e mais tarde casei. Felizmente, até porque nos dias que correm as coisas não estão fáceis, tenho casa. Não a comprei e não pago aluguer. Mas, não me sinto acomodado e se a oportunidade surgir, espero um dia ter uma casa melhor, comprada por mim e pela minha cara-metade, de preferência com o esforço do nosso trabalho.
- Tenho bons amigos. Não considero uma conquista, porque a amizade constrói-se não se conquista. Digo isto porque há quem pense que se conquista, nem que seja pela força!!!

O que conquistei:

- Respeito, por parte de todos os que me rodeiam (há excepções mas não são para contabilizar).
- Comprei carro. Sim, para mim foi uma conquista, porque tive que trabalhar para o comprar! Pode não ser o carro dos meus sonhos, mas para mim é o melhor carro do mundo. Até porque é meu por direito próprio e já está pago!
- Tenho o meu trabalho! Pode não ser o que gostaria de fazer profissionalmente, mas permite-me subsistir. Dou o meu melhor, talvez por isso, por onde passei conquistei a confiança e o respeito dos seus responsáveis. Posso dizer que tenho um bom trabalho, mas o importante não é o que se faz na vida, mas sim o que se faz da vida (Há pessoas que não entendem isso, por isso devem considerar o meu trabalho dispensável para o seu currículo).

Acho que isto é o essencial! Apesar disso, contínuo sem perceber porquê?

Enfim, vou acreditar que tal inveja existe devido á falta de ambição. Mas daquela boa ambição, não da que passa por cima dos outros para conquistar, o inconquistável. Pois há certas coisas que se constrói, não se conquista. Como o carácter!

Nota: Como ilustra a imagem, isto é mais uma verdadeira bola na trave.

3 comentários:

Karl Macx disse...

Uiiiii... Isso anda mesmo mal...
Lembra-me de te afastar das kalashnikovs e de te levar a beber um Pint ou um Jameson, pode ser?

Ricardo Cruz disse...

Não, isto é apenas o estado de espírito perante algumas situações que não me deixam indiferente.

Moby disse...

Qué pasa hombre?